Unidade chamada Escola Municipal Presídio Santa Cruz foi criada em 1996.
Título foi alterado em 2003, mas não é oficial e antigo ainda segue em placa.
Uma placa instalada em um colégio da zona rural de Porangatu, no norte de Goiás, tem gerado polêmica nas redes sociais. Tudo por causa do nome da instituição: Escola Municipal Presídio Santa Cruz. Uma foto passou a circular na internet e muitas pessoas criticam o uso do termo “presídio” em uma unidade de ensino.
“Meu deus como pode ter coragem de colocar um nome desse em um lugar que a promessa é dar um futuro melhor pra nossas crianças.Vergonhoso, inacreditável”, escreveu um internauta. “Presídio é lugar de bandidos, escola é um lugar que forma cidadãos de bem. Por isso precisamos mudar esse nome”, destacou outro comentário.
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A criação da escola foi aprovada pela Câmara Municipal de Porangatu no dia 23 de fevereiro de 1996. Na ocasião, o colégio recebeu o nome do bairro, que era Presídio Santa Cruz. Ao longo dos anos, o assentamento passou a ser chamado de Santa Tereza (Berocan), mas o título da escola permaneceu o mesmo.
“A fazenda antiga onde foi montado do assentamento se chamava Presídio Santa Cruz. Aí, quando foram construir a escola, o dono das terras só aceitou se ela levasse o nome do local. Segundo relatos de moradores antigos, a fazenda tinha esse nome porque recebia presos para trabalhar”, explicou o diretor da escola, Isaque Andrade.
Como o termo “presídio” gerava descontentamento na comunidade escolar, o Conselho Municipal de Educação propôs, em 2013, a alteração do nome da instituição para Escola Municipal Professor Marcos César. No entanto, apesar de toda a documentação e material entregue aos alunos constarem o novo nome, ele ainda não é oficial e a placa afixada no colégio segue com o antigo.
“O nome causa uma impressão muito ruim para as crianças, além de que pode gerar bullying, constrangimento. A criança vai passear e perguntam o nome da escola e dizem que é presídio. Ou seja, não é legal”, reclamou Gleice Rodrigues, mãe de um aluno do colégio.
Descontentamento antigo
São atendidos 20 alunos do ensino infantil até o 5º ano, que estudam todos juntos em uma única sala. Mas é o termo “presídio” que consta no nome da instituição que não agrada. “O povo fica fazendo até gracinha, falando que somos presidiários, essas coisas”, disse a estudante Maria Eduarda Gonçalves.
“Presídio é lugar de ladrão, de bandido. Já a escola é lugar de aprender as coisas, de saber a tabuada”, afirma o estudante Allan Fernandes.
São atendidos 20 alunos do ensino infantil até o 5º ano, que estudam todos juntos em uma única sala. Mas é o termo “presídio” que consta no nome da instituição que não agrada. “O povo fica fazendo até gracinha, falando que somos presidiários, essas coisas”, disse a estudante Maria Eduarda Gonçalves.
“Presídio é lugar de ladrão, de bandido. Já a escola é lugar de aprender as coisas, de saber a tabuada”, afirma o estudante Allan Fernandes.
A professora Eliane Mendes, que leciona no colégio e mora na região, diz que a população tem aversão ao termo “presídio”. Ela mesma estudou no local e fala que o descontentamento é antigo. “Os pais nunca concordaram com esse nome e tentaram trocar várias vezes”, relata.
Coordenador da Secretaria Municipal de Educação de Porangatu, Edson Ganzaroli diz o órgão vai buscar a oficialização do novo nome da escola. “Vamos encaminhar em breve um projeto de lei para que essa mudança seja concretizada de fato para que todas as crianças e a comunidade de fato possam se sentir confortáveis”, destacou.