Prisão temporária foi decretada por tortura seguida de morte.
Mãe, que sabia das agressões, será indiciada por omissão.
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Quando chegou à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Engenho Novo, na Zona Norte do Rio, o pequeno Davi, de três anos, já estava morto. Ele tinha marcas de mordidas nos braços e nas pernas. Na cabeça e no abdômen, também havia lesões. Médicos desconfiaram da morte violenta, apesar da mãe afirmar que a criança caiu da escada. Em depoimento à polícia na última terça-feira, no entanto, o padrasto Wagner de Simoni, de 30 anos, confessou as agressões. Nesta segunda-feira (12), na delegacia, a mãe Dayane Rodrigues da Costa Silva, de 26 anos, reconheceu a farsa.
Dayane admitiu ainda que sabia das agressões feitas pelo padrasto e dos castigos aos quais Davi era submetido. Um deles, era passar a noite inteira acordado. O garoto começou a passar mal pela manhã, após levar um soco na barriga, mas só foi levado ao hospital às nove da noite. Em vídeo divulgado pela Polícia Civil, o padrasto mostra como desferiu o golpe na barriga do menino porque, segundo ele, Davi se recusou a tomar um copo de leite.
Wagner teve a prisão temporária decretada por tortura seguida de morte. Dayane também foi indiciada por omissão em relação à tortura e à demora na procura por atendimento médico.