Bebê de um mês pode ter sofrido uma reação alérgica em Itirapina, SP.
Caso foi registrado como homicídio culposo, mas delegado aguarda laudo.
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A mãe da bebê de um mês e dez dias quemorreu devido a uma suposta reação alérgica após ser medicada no Hospital Municipal de Itirapina (SP), na noite de sexta-feira (9), disse que a família está indignada com o descaso no atendimento. “A gente não se conforma e só chora. Eu quero justiça para que isso não aconteça com mais ninguém”, desabafou a auxiliar de produção Maria Aparecida da Silva Santos, de 25 anos, que registrou um boletim de ocorrência. O G1tenta há nove dias falar com a secretária da Saúde do município, Maria José Cândido, mas ela não atendeu e não retornou as ligações para comentar a morte da menina.
O delegado José Francisco Minelli disse que o caso foi registrado como homicídio culposo, mas ele vai aguardar o resultado da autópsia feita no Instituto Médico Legal (IML) de Rio Claro para saber o que realmente aconteceu. “Há um inquérito instaurado, mas vamos esperar o laudo que é fundamental. Se foi um erro, vamos pedir o prontuário e ouvir os funcionários do hospital”, disse.
O delegado José Francisco Minelli disse que o caso foi registrado como homicídio culposo, mas ele vai aguardar o resultado da autópsia feita no Instituto Médico Legal (IML) de Rio Claro para saber o que realmente aconteceu. “Há um inquérito instaurado, mas vamos esperar o laudo que é fundamental. Se foi um erro, vamos pedir o prontuário e ouvir os funcionários do hospital”, disse.
Segundo a mãe, a pequena Emilly Kauany estava com diarreia e foi levada ao hospital por volta das 20h. Após passar por consulta, a criança foi medicada com soro teve algumas reações logo depois. “Pedi para chamar a enfermeira, ela falou que aquilo era normal e ainda tirou onda com a minha cara, dizendo que eu era mãe de primeira viagem”, relatou a mãe.
Foi descaso. Eu não terei ela de volta, mas vou atrás dos meus direitos"
Maria Aparecida, mãe de Emilly
Maria disse que que chamou por outras enfermeiras, que pegaram a menina e levaram para a emergência. De acordo com a mãe, a bebê estava com a boca roxa, tosse e dificuldade para respirar. A criança precisou ser transferida, mas isso só ocorreu por volta das 23h, de acordo com a mãe.
Emilly foi levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Rio Claro (SP). De lá, saiu entubada direto para a Unidade de Terapia Intensiva da Santa Casa, onde não resistiu e morreu após uma parada cardiorrespiratória.
"A médica perguntou o porquê da minha filha ter sido levada para lá. Eu também não entendi. O médico de Itirapina disse que mandaria ela para a cidade vizinha fazer exames para saber se ela tinha alergia a mais medicamentos. Ele disse que ela tinha alergia à dipirona, que foi aplicada junto ao soro", contou a mãe.
"A médica perguntou o porquê da minha filha ter sido levada para lá. Eu também não entendi. O médico de Itirapina disse que mandaria ela para a cidade vizinha fazer exames para saber se ela tinha alergia a mais medicamentos. Ele disse que ela tinha alergia à dipirona, que foi aplicada junto ao soro", contou a mãe.
Autópsia
O corpo da menina chegou a ser liberado para que fosse iniciado o velório emItirapina, no sábado (10), mas voltou a Rio Claro para que fosse feita uma autópsia no IIML depois que os pais registraram o boletim de ocorrência. O resultado do exame deve sair em até 50 dias.
O corpo da menina chegou a ser liberado para que fosse iniciado o velório emItirapina, no sábado (10), mas voltou a Rio Claro para que fosse feita uma autópsia no IIML depois que os pais registraram o boletim de ocorrência. O resultado do exame deve sair em até 50 dias.
A mãe da menina vai entrar na Justiça contra o hospital de Itirapina. "Foi descaso. Eu não vou ter ela de volta, mas vou procurar os meus direitos. Não quero dinheiro, quero apenas ajudar a evitar outras pessoas passem por isso. Desse jeito não pode ficar", ressaltou.
Natural da Bahia, Maria vive em Itirapina há quatro anos. Ela disse que estava em uma fase feliz da vida com o nascimento da primeira filha e que jamais imaginava passar por uma situação como essa.
"Estava tudo bem e uma simples diarreia chegou a esse ponto de perder minha filha. Jamais iria àquele hospital se eu soubesse que iria acontecer uma coisa dessas. Meu marido não se conforma, está transtornado, abalado, parece que não caiu a ficha do que realmente aconteceu. Ontem, revelei 29 fotos dela, mas a lembrança fica no coração", desabafou a mãe.