Mineiros empatam na Vila Belmiro após santistas abrirem 3 a 1 e mantêm vivo o sonho da Tríplice Coroa. Na final da Copa do Brasil, enfrentam o Galo
- alucinanteInício de jogoRobinho abriu o placar logo com 2 minutos, no primeiro tempo. Pouco dois, Marcelo Moreno empatou. Depois disso, o Cruzeiro segurou o ritmo.
- polêmicaPênaltiRildo e Léo dividiram uma bola largada por Fábio na pequena área, e o santista caiu. O juiz marcou a falta, e Gabriel converteu. Lance discutível.
- decisivoWillianEle já tinha feito o gol da vitória no Mineirão. Se recuperou de uma lesão durante a semana e foi, novamente, o nome do Cruzeiro nesta quarta.
Continua vivo o sonho cruzeirense de repetir a mágica temporada de 2003 e conquistar novamente a Tríplice Coroa. Campeão mineiro no primeiro semestre, líder e favorito no Brasileiro, a equipe de Marcelo Oliveira se classificou na noite desta quarta-feira para a final da Copa do Brasil, ao deixar para trás o Santos. O empate na Vila Belmiro, por 3 a 3, bastou para manter a Raposa do caminho de sua quinta taça no torneio - os mineiros venceram a partida de ida, no Mineirão, por 1 a 0.
Na decisão que pode fazer do clube o maior vencedor da competição - está empatado com o Grêmio com quatro conquistas -, um velho conhecido: o Atlético-MG, que bateu o Flamengo por 4 a 1, em mais uma épica virada. O primeiro jogo é na próxima quarta-feira. O segundo, dia 26.
Para o Santos, ao que tudo indica, resta esperar por 2015. Eliminado da Copa do Brasil e praticamente sem chances de conquistar uma vaga na Libertadores do ano que vem pelo Brasileiro, o clube vive uma incerteza às vésperas da eleição que decidirá um novo presidente, em dezembro. Só então será possível vislumbrar os rumos do Alvinegro Praiano.
saiba mais
Resolvida a semifinal da Copa do Brasil, as equipes voltam suas atenções novamente para o Brasileiro. O Santos, oitavo colocado com 46 pontos, tem o Corinthians pela frente, em clássico na Arena de Itaquera, domingo, às 19h30. Já o Cruzeiro, que lidera o campeonato com 64 pontos, recebe o Criciúma, no Mineirão, no mesmo dia e horário.
O jogo
A torcida ignorou a forte chuva que caía na Vila Belmiro e fez muita festa na entrada do Santos em campo. O barulho das arquibancadas surtiu efeito logo no início. Pouco antes do segundo minuto da partida, Robinho abriu o placar da partida – uma boa jogada de Rildo pela esquerda.
Era o roteiro perfeito para os donos da casa, que começaram o duelo em Santos em desvantagem pela derrota da última semana. O gol logo de cara era meio caminho para a classificação. Mas, do outro lado, estava o Cruzeiro, líder do Brasileiro – um vacilo poderia ser fatal. E ele veio, logo, aos 8 minutos. Mena levou drible desconcertante de Ceará, que bateu cruzado. No rebote de Aranha, Marcelo Moreno igualou.
O primeiro tempo na Vila era bem diferente daquele visto no duelo de ida, no Mineirão. Agora, era o Santos quem pressionava. O Cruzeiro, com o resultado que lhe convinha, recuava na esperança de encaixar um contra-ataque. A estratégia celeste diminuiu o ritmo do jogo, mas os anfitriões tentavam furar o bloqueio. A chance saiu aos 46, em lance polêmico: Rildo dividiu com Léo uma bola solta por Fábio e caiu na área. O árbitro apontou pênalti, convertido por Gabriel, no minuto seguinte.
O desempate nos últimos minutos da etapa inicial renovou o ânimo aos santistas. O time voltou do intervalo na mesma intensidade. A busca pelo terceiro gol fazia a equipe deixar espaços, que o Cruzeiro tentava aproveitar. Num erro no meio-campo da equipe mineira, Robinho roubou a bola e lançou Lucas Lima, que deixou para Gabriel. O atacante rolou para Rildo, que se infiltrava pela grande área para completar, aos 13.
O 3 a 1 colocava o Santos na final da Copa do Brasil e mudava a cara do confronto. Precisando do gol, o Cruzeiro abandonou a postura de esperar o rival e partiu para cima do Santos, que, então, assumia atitude mais defensiva, de olho no relógio. Faltou prestar atenção em Willian, que aproveitou um erro da defesa alvinegra e, de frente com Aranha, teve calma para tocar no canto e fazer 3 a 2, aos 35. Já nos acréscimos, Willian aproveitou contra-ataque e fez mais um, o do empate, para não deixar dúvidas sobre quem iria para a final. Uma decisão para nenhum mineiro reclamar.